Barnabé 56- A Soberba

A SOBERBA


As pessoas podem querer as coisas, elas podem vivenciar as coisas da vida sem Ter entendimento mas tudo aquilo que fizerem na direção da melhoria da sua vida precisa ser analisado. Obviamente todo mundo quer Ter uma melhoria na vida, seja no plano físico, intelectual, ou espiritual – é preciso sem dúvida melhorar, crescer…..mas é preciso analisar até mesmo quando você estiver no caminho da sua melhora porque muitas vezes você sente, sim, que está dando um passo na direção das coisas verdadeiras. Você sabe que está indo em uma determinada direção quando está fazendo as coisas para ajudar o próximo. Ainda assim isso precisa ser analisado. Mesmo quando você segue a lei divina dentro do seu entendimento, da sua percepção, você precisa se cuidar, porque ainda que você faça as coisas dentro de um propósito estabelecido, seja este aparentemente um caminho verdadeiro, a ilusão ainda pode entrar em todas estas versões através da vaidade.

Porque você pode se envaidecer ao ajudar uma pessoa, você pode se envaidecer por estar tendo conhecimento superior que as outras pessoas não estão tendo, você pode se envaidecer por Ter a percepção do certo e do errado quando investiga o mundo e as outras pessoas; você pode ainda se envaidecer ao percorrer o caminho que você escolheu sabendo que é um caminho de verdade, de justiça, porque a vaidade quando dentro da conformidade não é percebida. Porque quando você está dentro da conformidade da Lei a vaidade pode se infiltrar dentro da sua mente e da sua emoção, através do psicológico e você sente um grande orgulho de si mesmo por estar fazendo a coisa certa. Você sente um grande orgulho do que você está dizendo para o outro por ser verdade, se sente soberano diante das situações quando aparentemente as outras pessoas não percebem aquilo que você está percebendo. Você pode se sentir muito diferenciado daqueles que estão mais na ignorância, daqueles que ainda estão fora do caminho da retidão, daqueles que não conhecem a forma de vivenciar fora do dogmatismo e você se sente diferenciado porque escolheu um caminho dentro de uma realidade superior.

E todo este sentimento de orgulho e estas sensações são vaidade. Ainda assim aquilo que você escolhe fazer deve ser observado, não significa que esteja errado você fazer. Se fez, muito bem, prossiga. Sempre que você fizer um bem, ajudar uma pessoa, estudar um conhecimento, sempre que conseguir uma reposta de revelação interna, sempre que você puder alcançar um objetivo, siga em frente não perdendo tempo com o seu sentimento de orgulho. Você não precisa saber se cresceu, evoluiu, você tem é que vivenciar o amor porque aí você não terá dúvidas se evoluiu ou não. Aquele que fica muito querendo saber se evoluiu é porque quer saber se está melhor que os outros naquilo que está fazendo e que os outros não estão fazendo.

Quando queremos saber o ponto em que estamos é sempre em comparação a alguma coisa, é em comparação à vida daqueles que estão a nossa volta. A vaidade transforma a certeza do caminho na soberba da ilusão.

É preciso que este amor que se sente ao receber o ensinamento, ao perceber a transformação, a mudança, esse amor que se percebe dentro do coração, que traz um bem estar, um alento, que traz um poder de manifestar a palavra, não seja a causa de orgulho mas, imediatamente ao se sentir isso faça alguma coisa pelo outro. Faça alguma coisa seja em seus pensamentos, em sua ação, faça alguma coisa imediatamente até mesmo por aquele com o qual você se comparou diante do seu crescimento. Mas sem pensar que é você que o está salvando, sem pensar que é você que está mudando a vida dele, porque permite que haja. Obviamente é a vontade de Deus, a permissão eu damos para que Deus aja em nós.

Veja quanta realeza Deus dá a seus filhos, dando permissão para que eles permitam que Deus aja ou não. Tamanha seja a nossa pequenês diante da imensidão divina. Mas da divindade imensa que existe nesta pequenês, é preciso compreender que é a vontade consciente que roga e que pré-determina o destino final. Porque é fácil depois atribuir o descenso da alma pelas outras forças e não pela sua própria vontade, pelos seus erros, pelas suas escolhas, pela sua vaidade. É fácil atribuir o aprisionamento da mente pelo engano que pode-se engolir através dos falsos ensinamentos e da doutrina enganosa de um mundo de propaganda e consumismo.

Mas é difícil reconhecer o quanto a escolha de cada um determina aquilo no qual vai se acreditar, aquilo no qual vai se ater. Porque é no fundo, no fundo a escolha de cada um e é a sua escolha que faz com que você esteja aqui agora, mas é preciso também vencer a vaidade de se fazer sempre a escolha certa. Porque em tudo a dualidade vai estar presente neste mundo para tentar fazer sucumbir a verdadeira realização da alma, que pode realmente alcançar a perfeição ainda neste mundo.

Por isso, a alegria de se viver no amor divino significa também a clareza de realizar esta verdade através daquilo que se tem para transformar. Se vocês sabem o que precisa ser feito, e o que pode ser dito e pensado, vocês não precisam acertar a primeira vez e nem da Segunda, mas podem ir nesta direção. À medida que as coisas se transformam é possível que a verdadeira consciência da mente divina possa capacitar a sua alma e a sua vontade para vencer esta vaidade terrena, este anseio do ego de ser aquilo que já se é por natureza divina.

Por isso não lute para ser reconhecido! Que se possa reconhecer Deus, esta é a verdadeira luta! Para que toda a humanidade, para que cada indivíduo possa reconhecer a Deus e não ser reconhecido porque este reconhecimento existe de uma forma ou de outra. Não estamos dizendo que não se deve fazer justiça e juz àquilo que é verdadeiro por isso a contribuição que cada um faz para o próximo diante da verdade deve ser considerada em silêncio, no coração, deve ser considerada dentro da latitude da mente, o verdadeiro caminho que abre a porta para que o coração encontre o caminho da paz e a mente o caminho da luz onde não há mais dúvida sobre qual a vontade que deve prevalecer dentro da alma e dentro do ser. Por isso, conserva a idéia de que vencer a si mesmo é vencer a dualidade deste mundo e enfim tomar consciência do amor que é oferecido como um instrumento maior de transformação total do indivíduo e do coletivo. E é por isso que constantemente vocês estão sendo alertados e testados por si mesmos e pelas forças, que ao chacoalhar as suas vidas para tirar o deslumbre da ilusão não tire a graça da vida mas o deslumbre porque a verdadeira graça pode ser percebida, vivenciada e sentida com alegria na alma, e não a alegria fútil das coisas transitórias deste mundo que podem servir como instrumento da felicidade ao realizar o complemento daquilo que a alma buscou no seu entendimento, na sua razão. Ser complemento físico neste mundo daquilo que é o plano da herança ao complementar um trabalho, ao ser incluso dentro de um projeto do qual se possa sentir a verdadeira alegria de realizar a harmonia. Seja dentro da sua casa, seja com os pequenos elementos que servem ao propósito maior, fazer parte consciente daquilo que o projeto divino traz para que a verdadeira felicidade se estabeleça e não como uma coisa fútil, transitória, mas como algo que serviu e serve para um propósito maior. Se vocês puderem viver dentro desta paz, desta medida e desta constante reflexão ativa e não passiva para que a vida mostre cada vez maior graça e cada vez menos limitada pelo amor divino do Pai.

Esta entrada foi publicada em Sinergia. Adicione o link permanente aos seus favoritos.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.