Medo ou compaixão?

Medo ou Compaixão?

Há vários anos não perguntam sobre minha religião. Curiosamente, quando fui fazer uma pequena cirurgia nesta importante sexta feira 13 de novembro, informei que era espiritualista. A atendente fez uma cara de ué e falou que nunca havia ouvido o nome desta religião.
Realmente, acredito firmemente que a Luz divina não se manifesta apenas para grupos específicos. Também acredito que as revelações, que muitas vezes acontecem, não devem servir como dogmas e elementos de separações. Os livros sagrados devem servir como inspirações para liberação e compaixão, e não como dogmas e senhores de escravos.
Quando da oração do Pai nosso fala-se seja feita a Sua Vontade, assim na Terra, como nos Céus(o original está no plural) entende-se que a Vontade divina não está plenamente realizada neste plano.
O Reino dos Céus é um estado de consciência. É um padrão de ressonância divina que se manifesta em diversos níveis de organizações. É a verdadeira Harmonia.
Budha mostra um caminho para sair da roda do Sansara. Mas mostra também a importância da compaixão a todos os seres sencientes e o caminho do bodsatva , que mesmo tendo alcançado a libertação, opta por permanecer neste plano e auxiliar na libertação de todos os seres.
Gandhi mostra a importância da não violência. Provavelmente se tivéssemos a mesma atitude perante os seres sem coração seríamos mortos, mas de qualquer forma mostra o poder da ausência de medo.
Porque estou falando tudo isto? Porque quando tudo está uma merda, surgem novas ideias e percepções.
O mar de lama em Minas deverá ao menos forçar para que sejam tomadas algumas medidas de precaução; o terror em Paris mostrará que o estado Islâmico não é apenas um problema regional; a crise sócio-econômica brasileira demonstrará que o empreguismo, a corrupção e a mediocridade de gestão não conseguirão mais serem suportadas.
Para bem ou para o mal, o destino de todos nós está entrelaçado. Não poderemos mais deixar os imigrantes, os terroristas, os marginalizados de diversas ordens sem atenção, às vezes precisaremos ser severos e justos, e às vezes compassivos. Deveremos priorizar nossa infra-estrutura , nosso saneamento básico, humanizar nossas prisões e não investir em nossos estádios de futebol, no custo de nossas dezenas de partidos políticos e agregados, na corrupção e empreguismo.
Devemos atuar quando as liberdades humanas e da Natureza estejam sendo atacadas. Devemos ser tolerantes e compassivos com as diversas crenças e etnias, desde que elas não desejem se impor sobre todas as outras. Devemos aceitar perdoar e orar pelo que está além de nossos controles.
E desta forma estaremos ajudando a criar um novo mundo.
Betôh nov de 2015

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