Pequena reflexão sobre tudo.


Para início de conversa, vamos admitir que não existe um equilíbrio entre interesses pessoais, de grupos e países com o interesse dos outros grupos. Não tem sido muito comum procurarem fatores de convergência com “os outros”, que normalmente são responsabilizados por todas as mazelas.
Apenas a título de exemplo, o investimento em todas as guerras e armamentos é tremendamente maior do que os esforço feito na reconstrução, saúde, educação, treinamento, capacitação. Ou seja, preocupa-se muito mais em destruir do que em construir e integrar. Mesmo em termos nacionais, é muito difícil um governo valorizar e dar andamento às obras de um governo anterior. Puro jogo de poder. Ainda estamos de certa forma infantilizados, brincando de mocinhos e bandidos.
Outra constatação que podemos fazer é que atuamos em alguma medida nas tragédias, mas quase nada perante os dramas cotidianos. Quase posso afirmar que existe um sofrimento muito maior, coletivamente falando, nos dramas diários do que em uma guerra local.
Uma comunicação que tive de uma líder espiritual é que todos nós temos 3 missões :perante nós mesmos, perante nossos próximos e uma terceira missão que disse que cada um teria que descobrir por si mesmo, que acredito que seja uma missão perante nosso planeta.
Frequentemente acreditamos que os problemas dos outros são dos outros. Um dos benefícios do coronavírus foi trazer a constatação que todos somos iguais perante o vírus. Bem democrático. Precisamos pensar em todos para que possamos nos beneficiar.
Poderíamos nos perguntar, o que nós, em nossa insignificância, poderíamos fazer para melhorar toda esta realidade?
Irei compartilhar meu entendimento, que pode ou não servir para vocês.
Acredito que tudo vibra e reverbera, então o primeiro passo que procuro dar é desenvolver um sentimento empático. Quando vejo uma injustiça que não tenho como atuar, procuro reverberar luz para todos os envolvidos. Uma semente que fica. Se julgo, tenho maus sentimentos estou apenas aumentando a negatividade. Esta aceitação não significa que não farei todos os esforços objetivos dentro de meus limites para uma melhora da situação.
Esta atitude faz com que as situações exteriores não determinem meu estado interior, procuro viver de dentro para fora e não de fora para dentro.
Em segundo lugar, trabalho para organizar e equilibrar minha vida, física, emocional, mental e espiritualmente. Procuro a inteireza, e a primeira conexão deve ser comigo mesmo em níveis cada vez mais profundos, que podem me aproximar do que chamo a internet cósmica.
O terceiro passo é me esforçar para ajudar cada vez mais meus próximos, primeiro na conexão que possam ter com eles mesmos e depois com tudo que possa estar dentro de meu limite e disposição. A empatia é um passo fundamental. Até mesmo com as pessoas que tenho dificuldade.
Em terceiro, fazer o possível pelo planeta. Além das vibrações, dentro de meus limites posso tentar atuar dentro de qualquer forma prática que esteja a meu alcance.
Alguns poderiam perguntar: e Deus nisto tudo? Sou espiritualista e Henoteísta, acreditando que existe um único Deus (Deusa?) que pode se manifestar através de incontáveis singularidades. E podemos, sim, sermos algumas destas singularidades. Sermos sócios do Espírito Santo rsrs. Uma sociedade poderosa. Mas sem um contato inicial com nosso eu profundo e o reconhecimento que os outros podem também ter este contato tudo fica um pouco mais trabalhoso.
Espero ter sido útil.
Betôh, fevereiro de 2022.

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