OS DEZ MANDAMENTOS DO TRABALHO ESPIRITUAL-Laureniano Gonçalves
- Não se desconectar da matéria:
O excesso de espiritualismo pode criar uma descompensação com graves prejuízos para a vida pessoal e material de uma pessoa. A matéria é tão importante quanto o espírito. Ambos são matizes, graus da mesma manifestação. Nenhum dos dois pode prevalecer sobre o outro.
Antídoto: Equilíbrio - Não despertar os poderes antes da consciência:
Os poderes estão a serviço da consciência. Não é preciso buscá-los; quando chega o momento, eles surgem naturalmente. Buscar o poder antes do saber é inverter a ordem natural do processo. Para que sirvam à consciência, os poderes devem ser doados a partir de algo além de nossa vontade.
Antídoto: Equanimidade - Não se fixar em pessoas, mas em suas mensagens:
Você não monta uma casa em um túnel. Ele é só um meio para se chegar até ela. Assim também os mestres são fundamentais para nos “iniciar”, mas não para nos “continuar” e muito menos para nos “acabar”. A nossa realização terrena é missão de natureza personalíssima, ou seja, é indelegável, irrenunciável e, sequer, passível de ser partilhada, quanto mais entregue aos cuidados de outrem. Depender indefinidamente de um mestre terreno é optar por permanecer na infância da senda espiritual.
Antídotos: Responsabilidade e discernimento - Não sentir excesso de autoconfiança:
Quem se crê autossuficiente é uma presa fácil para os agentes do engano e não raro se vê envolvido por eles. Quem crê demais na própria capacidade está fadado a equivocar-se. O excesso de certezas, muitas vezes, se funda em um alicerce carente de verdades.
Antídoto: Desconfiar de si mesmo - Não se sentir superior:
Nunca julgue que a própria linha de trabalho é superior às demais. Essa superioridade é a antítese do esoterismo, que afirma justamente a onipresença da consciência em todos os seres e caminhos. Essa postura desconecta uma pessoa das autênticas correntes da consciência amplificada, e é o ponto de partida para o fanatismo.
Antídotos: Equidade e moderação - Não se deixar levar por impulsos messiânicos:
A vontade de salvar os demais é uma armadilha fatal. Sua tela de fundo é a vaidade e a insegurança. Essa ânsia desmedida obstrui os canais de conexão com o mestre interior e bloqueia o processo de autoconhecimento, além de interferir no direito ao “livre-arbítrio de cada um”.
Antídoto: Confiança na existência - Não tomar medidas inconsequentes:
O excesso de entusiasmo pode levar uma pessoa a romper com seu círculo profissional e familiar sem necessidade. A metáfora do “salto do escuro” não deve servir de incentivo deslumbrado e irresponsável para que neófitos desestruturem suas vidas.
Antídotos: Prudência e serenidade - Não agir com demasiada rigidez:
Encantada com as novas informações que lhe ampliam a consciência, uma pessoa pode se tornar intolerante. Ela tem a tentação de impor sua forma de pensar e seus modelos de conduta aos demais. Limitando sua capacidade de ver a partir de outras perspectivas, ela perde o acréscimo de consciência que havia conquistado.
Antídotos: Tolerância e relaxamento - Não se dispersar:
Estudar ou praticar demasiadas coisas ao mesmo tempo sem aprofundar-se em nenhuma delas leva a uma falsa sensação de saber. Nessa atitude, pode-se passar uma vida inteira andando em círculos, enquanto se faz passar por um sábio.
Antídoto: Concentração - Não abusar:
Manipuladas, as informações espirituais servem de álibis ou justificativas convincentes para os piores retrocessos. Usar o conhecimento esotérico para fins particulares tem consequências graves, pois ninguém profana impunemente o sagrado que pertence a todos.
Antídotos: Retidão e integridade
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