Liberação de Karma.
A principal característica do karma é o desequilíbrio nas relações, que nos amarra uns aos outros. É claro que desejamos a justiça, mas normalmente vamos além, não perdoamos as pessoas, e não apenas a seus atos. Sofremos, ficamos ressentidos, raivosos, irados e muitas vezes com um desejo maior ou menor de vingança, que chamamos eufemisticamente de desejo de justiça. Estes sentimentos negativos, e não nossas ações objetivas para procurar reequilibrar os acontecimentos(por exemplo, recorrer á justiça ou alguma outra forma razoável de intermediação do conflito, quando a solução não pode ser atingida pacificamente), nos escravizam nesta situação e criam karma.
A resposta, claro, é o perdão(perdão ao ser e não necessariamente aos seus atos), onde procuramos não ferir nem sofrer mais. Quando alguém não nos perdoa, podemos ser atingidos exteriormente, mas nossa alma continua livre nesta relação. De outro lado, quando não perdoamos, mesmo que seja a nós mesmos, estamos aprisionados a esta situação. O conselho crístico de não julgar, de mostrar a outra face, de procurar o entendimento enquanto houver alguma possibilidade , ao contrário de sermos bonzinhos ou fracos, é uma corajosa forma de libertarmos nossa alma das forças deste mundo. É uma manifestação de uma inteligência superior.
É claro que perdoar muitas vezes não é nada fácil, mas entendermos sua necessidade e função pode ser um passo importante nesta direção.
Bons trabalhos. Betôh-setembro de 2013