A Apometria trabalha com sintonia. Não incorpora egos. Não incorpora veículos de manifestação da consciência. Poucas vezes retira alguém do corpo físico (projeção da consciência;viagem astral). Ao contrário do que se pensa, raramente médiuns saem do corpo físico para atenderem no umbral ou na casa do paciente.
A mediunidade não possui características estanques. Não se pode defini-las com a segurança com que se definem, na Biologia, as células e os tecidos dos organismos vivos. Daí a dificuldade das pessoas compreenderem o mecanismo da Apometria – dificuldade extensiva a muitos médiuns e dirigentes apômetras.
Após encerrado o atendimento na Casa Apométrica, a seçãoapométrica pode continuar no astral, a exemplo do que ocorre com sessões espíritas convencionais. Contudo, neste breve trabalho, estamos enfocando a seção apométrica em sua faceta consciente, intrafísica, ao vivo e a cores.
Quando sintoniza o corpo mental concreto (ou inferior) ou o corpo mental abstrato (ou o superior) do paciente, o médium de incorporação (também chamado de “médium de passagem”) não incorpora o corpo mental do paciente – diferente do que aconteceria se”recebesse” um espírito desencarnado.
Com a ajuda dos amparadores extrafísicos (mentores) da seção apométrica, a sensibilidade espiritual do médium permite que sintonize com determinada faixa consciencial do paciente e faça varredura bioenergética e psicométrica em seus chacras, nádis, parachacras e paranádis.
Como tudo no universo é campo (mesmo a matéria mais bruta), nossos veículos de manifestação da consciência constituem campos e emanam energias, tais quais rádios-transmissores conscienciais potentes, como livros abertos à leitura de sensitivos lúcidos e de médiuns receptivos, operando em seção apométrica organizada.
Todos somos transmissores conscienciais. Os sensitivos captam nossas faixas de freqüência consciencial, as quais, por sintonia objetiva, podem ser “lidas” na seção apométrica.
As pessoas se espantam ao ver o transcorrer de uma seção apométrica eficiente, realizando com sucesso seus trabalhos de assistência e cura. Às vezes, os termos utilizados pelos apômetras impressionam. Exemplos: salto quântico, spin,despolarização de memória, campos magnéticos, chips astrais, contagem em português ou grego e pulsos energéticos.
O que prejudica o entendimento do processo é o condicionamento intrafisico, visão espacial, de “dentro” e “fora”, falta de conhecimento da espiritualidade e de seus mecanismos em geral, assim como escassez de um pouco de cultura científica, mesmo que leiga.
“Dentro” e “fora” é uma ótica espacial que nãose aplica à Apometria, que deve ser estudada do ponto de vista consciencial. O termo “salto quântico” é estudado em Física quântica, em relação à órbita do elétron em volta do núcleo. Quando o elétron ganha energia, dá um salto
quântico para uma órbita mais externa. Quando perde energia, dá um salto quântico para uma órbita mais interna.
A Física Quântica descobriu que o elétron não salta nempula: simplesmente desaparece, deixa de existir e reaparece na órbita de destino. Descobriu também que a energia física possui medidas exatas – quantidades exatas e inteiras chamadas de quantum, quanta ou quantidade.
Talvez aí esteja o porquê da eficiência das contagens quesugerem “pulsos energéticos”, presentes desde a clássica hipnose até a contemporânea Apometria.
Em vez de fluxo linear contínuo e constante, os pulsos energéticos (por meio das contagens) acumulam mais energia e disparam com mais eficiência (hipótese de trabalho).
Quanto ao termo spin, a rotação do elétron pode ser +1 ou -1,conforme o sentido de giro. Os chacras podem ser acelerados (aumento do spin) ou desacelerados (diminuição do spin ou da velocidade de rotação). Toda força de espíritos recalcitrantes (inclusive a de magos negros) é retirada por meio da desaceleração (diminuição do spin) dos chacras coronário ou frontal, a depender do caso concreto. O frontal é o centro da vontade.
Considero o termo “magnético” equivocado. O correto ébioenergético (ou energético). Magnetismo se refere a ímã, a um campo físico mensurável por equipamentos conhecidos, de acordo com o contexto eletromagnético. Embora com raridade o corpo humano o manifeste em processos paranormais, mais raro ainda refleti-lo emprocessos normais (cotidianos).
Tanto faz as contagens serem em grego ou em português ou de 1 a 3 ou de 1 a 7. É apenas método pessoal do dirigente, talvez reflexo de sua bagagem acadêmica.
A formação de campo bioenergéticos de proteção em forma de volumes geométricos corresponde à plasmagem de uma forma-pensamento (ou morfopensene) – quanto mais utilizada, mais eficiente se torna (evidentemente, a proteção maior vem dos amparadores extrafísicos do trabalho).
As formas pensamento de estrelas de seis ou cinco pontas e os campos em forma de pirâmide agregam valor de proteção, em função da egrégora que evocam como senhas energéticas de conexão, ou seja, funcionam como yantras mentais para os encarnados e yantras reais para os desencarnados, pois estão, de fato, plasmados em três dimensões (3D) no astral imediato aos trabalhos de Apometria. Esses campos atuam como transformadores de energia natural. Veja, nesse sentido, estudos sobre as pirâmides físicas. Outros campos e luzes ficam a gosto de cada um – terão efeito potencializado por simpatia e afinidade pessoais, influência psicológica sadia a dinamizar as bioenergias dos afinados.
Noventa por cento (empirismo meu) das percepções espirituais das seções de Apometria dos médiuns de suporte se dão por clarividência objetiva, intuitiva ou mental. Apenas um ou dois médiuns incorporam os níveis, obsessores e amparadores dos pacientes e do trabalho em geral.
O sentido de clarividência na Parapsicologia (ciênciaconvencional) difere da acepção utilizada no espiritualismo. A Parapsicologia emprega esse vocábulo no sentido de “visão àdistância” (remota).
Há quem confunda clarividência com outras percepções sensoriais. Vidente é quem vê. Só não é vidente quem écego. Se você está lendo estas linhas, é vidente. Vidência não se confunde com clarividência (esta permite, inclusive,enxergar o extrafísico de olhos físicos fechados).
Para uma seção de Apometria, recomendável, no mínimo, três pessoas (um dirigente com razoável parapercepção e dois médiuns de incorporação, também chamados de “passagem”). Ideal, entretanto, a presença de vários médiuns de suporte e de um auxiliar que anote e organize os papéis de atendimento e fichas de pacientes.
Constatei no grupo que freqüentei que o campo bioenergético nos trabalhos de Apometria estimula a clarividência de todos os colaboradores, tamanha a importância, na Apometria, de se desenvolver a parapercepção do dirigente e dos médiuns de incorporação e suporte.
Os que preferem o método clássico de doutrinação religiosa entronizado ao longo do século XX nos centros espíritas e espiritualistas brasileiros, criticam a Apometria porque esta não “evangeliza” o espírito obsessor. Todavia, em complexas obsessões espirituais a tentativa de “evangelizar”,”sensibilizar” ou “conscientizar” o espírito obsessornão surte efeito. Evangelizar magos negros é tão eficaz quanto ensinar lições de fraternidade a um psicopata.
Seria “mais fraterno” deixar os pacientes com os chips trevosos e os magos negros e seus asseclas soltos, fazendo o que fazem?
Analogamente, seria mais fraterno nossos policiais não portarem armas de fogo, pois podem ferir os bandidos que nos assaltam e nos matam? A correlação é a mesma.
Talvez fosse mais fraterno abandonar a ortodoxia da purezadoutrinária, intransigente e radical. Talvez fosse mais fraterno não discriminar a Umbanda e suas entidades como “inferiores” ou “primitivas”. Talvez fosse mais fraterno abandonar o sentimento de superioridade teórica baseado nos conhecimentos espíritas e espiritualistas. Talvez fosse mais fraterno democratizar o acesso ao conhecimento espiritual além de distribuir comida. Talvez fosse mais fraterno menos proselitismo religioso e mais esclarecimento espiritual. Melhor ensinar a pescar a dar peixe a vida inteira.
A Apometria é mais fraterna por ser mais eficaz. Atua no cerne da obsessão, com visão de conjunto. Sim, toda cura é uma autocura e depende da reforma íntima do paciente – mas isso é válido em qualquer situação. Não podemos ignorar técnicas avançadas em prol da “pureza doutrinária”. Associemos as boas técnicas à elevada ética e cosmoética, considerando as peculiaridades de cada contexto.
Por Dalton C. Roque