Participo de um grupo de troca de ideias, no qual temos participantes com crenças bem diferentes. Nestas crenças estão representados o cristianismo, o budismo, o judaísmo, o espiritismo, a umbanda, o xamanismo, e o espiritualismo em um sentido mais geral.
Cito este grupo, não porque pretendo reproduzir suas ideias, mas porque foi ele que me instigou a fazer algumas reflexões que apresentarei a seguir.
Outro dia conheci uma nova palavra, henoteísta, que traduz muito bem no que acredito na existência de Deus. Enquanto o monoteísta acredita em um único Deus e o politeísta acredita em vários, o henoteísta acredita que existe um único Deus mas que pode se expressar em inúmeros aspectos ou personalidades divinas.
Esta introdução está relacionada sobre alguns assuntos sobre os quais tenho eu e os outros participantes de nosso grupo refletido.
Primeiro, quem sou eu? Percebo que o mais profundo que me acompanha em todos os momentos, desde que me lembro de mim, incluindo os meus sonhos, meus devaneios e experiências vigílicas é a sensação que existo, a sensação de eu. Sem qualificações. Isto é muito básico, paradoxalmente muito individual e muito universal. Acredito que todos os seres sencientes tem esta sensação. Outra característica muito básica que sempre me acompanha é a característica de observar e perceber. Finalmente, me sentir mais próximo ou mais distante, mais ou menos identificado, fazendo ou não contato, a partir de um processo volitivo. Todas estas características básicas criam ou manifestam minha consciência e o que chamo de assinatura de frequência. Acredito que todas outras características, aspectos e funções são assimiladas, agrupadas ou afastadas a partir da interação de um coletivo do qual participo e desta minha assinatura de frequência.
Iniciei estas reflexões falando de Deus e deuses e deusas porque acredito que nosso caminho e nosso destino é cada vez mais atuarmos como co-criadores, gradualmente nos sintonizando com a energia do Um, comungando até um certo ponto com a Vontade, a Mente, o Amor e a Luz divina. A partir deste estado, seremos dentro de nossa medida todos deuses e deusas, como interfaces do Tudo que É. Simples assim.
Claro que existem inúmeras outras complexidades em nossas realidades, mas acredito que o fundamento de nossas vidas está nestas poucas palavras.
Um abraço apertado a todos meus companheiros e companheiras de jornada.
Betôh, outubro de 2019.