Mensagem aos idosos-André dos Santos

Viver melhor é tão importante quanto viver mais

O número de pessoas idosas cresce de maneira exponencial no mundo e no Brasil. A última Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio (Pnad) revelou que o país tem hoje 40 milhões de idosos, o que representa quase 20% da população. Somados à queda da taxa de natalidade e ao avanço dos procedimentos médicos, é esperado que se viva cada vez mais. Até 2040, o IBGE estima que a população idoso no Brasil chegue a 52 milhões. Entretanto, à medida que envelhecemos, também é indispensável viver com qualidade.

Com o passar do tempo, os “alicerces” que compõem nossa vida (como família, amizades, carreira profissional, estudos, entre outros) vão mudando. Pode se encontrar um exemplo no trabalho: com a aposentadoria muitos acabam se sentindo perdidos. Afinal, a rotina muda completamente, os laços com os colegas de trabalho deixam de existir e se readaptar à nova vida leva algum tempo.

Por isso, é fundamental conhecer e praticar os pilares da longevidade. Mas quais são eles? Carlos André dos Santos, geriatra e médico da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp), propõe quatro pilares: amizade, propósito, músculo e saúde mental.

Amizade

Como seres humanos, somos incapazes de viver em isolamento. Parece básico, mas ter alguém para conversar, interagir e com quem contar é essencial.

As amizades são as relações consideradas fundamentais. Inclusive, mostra-se valoroso para o idoso cultivar amizades com pessoas de diversas gerações e de fora de seu círculo familiar.

Músculo

Algumas mudanças que surgem com a idade refletem no corpo. Diminuir em certa medida o esforço diário é normal, no entanto chegar ao ponto do sedentarismo é preocupante.

O músculo representa a atividade física que, junto a uma boa alimentação, traz mais independência para o idoso. Exercitar-se de maneira apropriada e regular resulta em mais disposição e na sustentação dos outros pilares.

Propósito

“O propósito fala daquilo que te faz acordar de manhã, que te faz levantar… seja estar com sua família, um trabalho voluntário ou até regar as plantas do jardim”, explica Gustavo Souza, psicólogo da Jequitibá.

Ter um objetivo e dar importância a ele, independente da escala, é fundamental para que o idoso permaneça ativo, sinta que está contribuindo e fazendo a diferença. Também evita que a pessoa idosa fique estagnada ou na inércia da vida.

Saúde Mental

A saúde mental, por sua vez, está intrinsecamente interligada aos outros pilares. Ela vem da prática equilibrada dos três. Afinal, não adianta se exercitar, mas não cultivar amizades, ou ter amigos, mas se alimentar mal e ser sedentário.

“Quando cultivamos boas relações, dormimos bem, nos alimentamos de maneira saudável e praticamos atividade física, consequentemente teremos saúde mental”, afirma Gustavo Souza.

Aceitar a velhice com naturalidade também contribui com a saúde mental, que, entre seus benefícios, auxilia na prevenção de enfermidades, como as síndromes demenciais e depressivas.

Aplicar e desenvolver os quatro pilares da longevidade de forma equilibrada e constante é a chave para viver mais e melhor.

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