O Tempo

O que é?

É comum escutarmos as pessoas dizendo “não tenho tempo”, “o tempo está passando mais rápido do que nunca”, “o tempo não passa”, “dê-me mais tempo”, “no meu tempo era diferente” e assim por diante.
Conforme Raquel Glezer (1992), para os historiadores do contemporâneo, os seres humanos passaram do Tempo dominante da Natureza para o Tempo dominado pelo Homem e, depois, para o Homem dominado pelo Tempo.
Mas, o que é o tempo? O tempo, diz o dicionário, é a medida de duração dos fenômenos, isto é, um momento fixado, com duração limitada.
O ser humano necessita de uma referência para se situar no tempo. Necessita de marcadores. Por isso, o homem dividiu a linha do tempo em anos, os anos em meses, os meses em dias, os dias em horas, as horas em minutos, os minutos em segundos e os segundos em décimos. Reuniu também os anos em séculos, os séculos em períodos e os períodos em eras. Na verdade, tempo uma é palavra com muitos significados, empregada como sinônimo de duração, passado, ciclos, eras, fases, momentos ou mesmo de história (Raquel Glezer, 1992).
Quanto dura um momento? Em seu significado mais amplo, o tempo não se mede apenas pelo relógio ou pelo calendário, mas pelo conteúdo da experiência. Para fazer esta constatação, pergunte à sua alma quanto dura um momento. A resposta não será dada pelo tique-taque do relógio, mas pela qualidade da vivência. Um momento é tudo o que você fizer com ele, pois o tempo é livre. Você decide a experiência (Quiroga, em “O Estado de São Paulo” de 15 de janeiro de 2004).

O tempo para Lorenza

Nosso tempo é linear, quer dizer, uma linha reta com começo, meio e fim. O tempo para a Lorenza é muito diferente. Ela pode ver tudo, seja nosso passado, nosso presente ou nosso futuro. Para Ela, é tudo um só tempo.
Veja um exemplo bem simples: imagine que cada um de nós fosse uma formiguinha atravessando um trecho de chão carregando uma folha. A formiga pode, com seus próprios olhos, ver tudo o que ocorre à distância de 30 ou 40 centímetros. Pequenina como é, não consegue ver mais longe do que isso. Este é o momento presente da formiga. O que está além disto será visto mais tarde, no futuro, quando ela se deslocar. Imagine agora que você está na mesma paisagem onde se encontra a formiga e no mesmo momento. Você é muito maior que a formiga, tem os olhos situados mais alto e pode, portanto, ver a uma distância bem maior: 5, 10, 20 ou mais metros. Assim, o nosso presente é muito maior que o dela e inclui seu passado, seu presente e seu futuro, isto é, o que ela já caminhou, está caminhando e ainda terá que caminhar. Você pode ver o que a formiga não consegue, o futuro dela, ver que existe um regato à frente que ela só conseguirá enxergar um certo tempo depois.
Agora, num nível muito mais amplo e profundo, a Lorenza vive o Tempo Universal que a permite enxergar os acontecimentos locais dentro de uma totalidade superior.
Lorenza vem de longe. Como Ela diz, de lugares que nem mesmo pensamos que possam existir. Vem de muito longe, num “rasgo de tempo”, trazida pelo vento, pela luz, pelas florestas, pelas montanhas, pela água, pelos mares, pela areia dos desertos. Lorenza chega ao mundo em que estamos para aquecer nossos corações, para distribuir Amor, Sabedoria e nos dar a Luz.
Lorenza pergunta: “Qual é o tempo que o tempo tem?” E responde: “O tempo tem o tempo que só o tempo pode ter” para, em seguida, dizer que se compreendermos a resposta que deu poderemos decifrar muitas incógnitas de nossas vidas.

O rasgo do tempo

O rasgo do tempo é o encontro de dois tempos, de duas dimensões. Maria tenta nos explicar com palavras mais fáceis: “o rasgo do tempo é uma fresta que tão logo permite a passagem e imediatamente se fecha. A porta fecha rápido e o Rasgo do Tempo é esse momento em que a porta se abre. São minutos e depois fecha, passou, acabou. Só numa próxima oportunidade. Quem trazia o conhecimento e não pôde entrar, vai ficar do lado de fora, triste, esperando, esperando horas, dias, séculos, milênios, milênios, milênios para voltar e poder passar naquele rasgo do tempo.
Os Anjos e Arcanjos têm um horário para vir. É a proteção maior que vem nesse rasgo do tempo, dure ele 5, 10 ou 15 minutos. É este o momento mais propício para conversarmos com nossos Anjos e Arcanjos e pedir. É como de manhã cedinho, quando você está no quarto e, de repente, vem um raio de sol que ilumina tudo. A fresta que deixou o raio de sol passar é como o rasgo do tempo.
Maria fala uma coisa para vocês: o rasgo do tempo é como um fiozinho reto, uma linha reta, que num instante chega na outra ponta, no lugar que você quer chegar. É como se você tivesse um barquinho e um caminho, algo que vai de um lugar para outro, daqui para lá, de lá para cá”. Maria explicou também que “quando vai passar o trem lá na cidade, lá no lugar onde eu vivi, há uma porteira e um homem. Há um farol que fica vermelho e apita. Fecha a porteira, o trem passa e acabou. Passou. O tempo para vocês também passou. É difícil, não é?”

O tempo de nossas vidas

Lorenza nos diz: “Minha missão é dar-vos a Paz, o Amor, o Equilíbrio e a Fé. Tereis que plantar em vós o discernimento do ontem, do hoje e do amanhã. Cada minuto desperdiçado é um tempo a refazer”. Diz que o tempo é nosso aliado, mas também nosso grande inimigo. “Lembrai do tempo que tereis de aprender, não o desperdiçais”.
Certa vez, um casal conhecido visitou a França e viu na igreja de uma cidadezinha chamada Bayeux uma tapeçaria antiga, do século XI, que tem 70 metros de comprimento por meio metro de largura, toda bordada à mão. Esta tapeçaria relata, com enorme riqueza de detalhes, como uma história em quadrinhos, como aconteceu a invasão da Inglaterra por Guilherme, o Conquistador.
Maria, que sempre acompanha seus “filhinhos”, perguntou à senhora do casal: “O que você achou da tapeçaria que viu”? E continuou: “A vida de vocês é assim, feita de pedacinhos, de retalhos que são costurados uns aos outros para formar e contar sua história de vida. Às vezes, um retalho é dolorido, sofrido, ruim, até mesmo difícil de emendar na colcha da vida. Outras vezes, são pedacinhos feitos de momentos muito felizes, mais fáceis de costurar. Mas, todos eles devem ser costurados uns nos outros, aos poucos, para compor sua história de vida. Assim, cada um vai tecendo e compondo a colcha de sua própria vida, como se fosse um relato indelével de sua história”.
Lorenza nos ensina: “A vossa parte ao costurar a colcha de retalhos é vossa. Tereis vós mesmos que saber passar, saber semear para que possais passar para o próximo retalho. Viestes aqui para aprender”.
Às vezes, temos que esperar um pouco. “Filhos, se parardes não desespereis, pois a espera é, às vezes, o melhor remédio. A espera é um porto seguro para ficar. Mas, lembrai: tudo que é dito e não pode ser feito é um tempo a ser refeito, a ser recuperado e recomeçado.
Não se pode viver de tempos passados. A vida é um correr de tempos, de tempos que se vão e que não voltam. Filhos, não tenteis voltar ao passado. Mas se voltares, pegai apenas o conhecimento. Não deixeis que as mágoas e as emoções vos atrapalhem.
Vós tendes só um tempo para viver. Não façais dele um tempo de tormentas. Vosso tempo é muito curto. Por que encher vossos corações de mágoa e de rancor? Por que não amais? Por que não ajudais esquecendo vossas dores e tristezas? Por que, filhos?
Lembrai de que vosso tempo de vida é um dom precioso. Não sabeis, filhos meus, a dádiva que é possuir um corpo que é vosso, duas pernas, dois olhos, uma boca, dois ouvidos, um cérebro e o vosso livre arbítrio durante vossa vida. Quando podereis outra vez ter um corpo, quando podereis outra vez ter olhos para ver, ouvidos para escutar e palavras para serem ditas àqueles que precisam?
Cada dia que passa é um dia a menos a ser vivido. Vivei cada dia como se fosse o vosso último. Sabei viver.
Vos foi dado um traçado de vida. Vós sois responsáveis não pelas coisas que existem em vossas vidas, mas pelo modo com que as passais.
Vosso tempo é o hoje. A responsabilidade vossa é o hoje.
Filhos meus, depois de tanto tempo, eis-Me aqui novamente perguntado a vós: quem sois? De onde viestes? Para onde ireis? Filhos meus, segui um caminho. Dai a vós próprios uma meta, para que possais caminhar sobre vossas pedras. Nascestes e viestes para evoluir”.

O tempo do antes

“O tempo do antes é a oportunidade que tereis para vos precaver de situações inevitáveis antes que elas aconteçam. São vossas enormes pedras transformando-se em pedregulhos”.
É o tempo que nos é dado para pensar. Lorenza ensina que sempre temos esse tempo. Mas que temos que estar sempre preparados, que temos “que subir a montanha” e olhar os fatos lá de cima, de onde se pode vislumbrar um horizonte maior, mais distante. Então, só lá de cima você analisa, analisa, analisa. Não diga NÃO nem SIM antes do tempo. Nesse ANTES DO TEMPO você estuda. Temos que estar preparados para agir ou reagir. É esse tempo que antecede ao acontecimento que a Lorenza chama de “tempo do antes”, isto é, o tempo antes que algo aconteça.
O tempo do antes é fácil de ser percebido? Não, não é, principalmente no começo. Com o tempo, entretanto, aprendemos a notá-lo e até a fazer uso desse tempo. Inclusive, tomando consciência de que ele existe, estaremos mais bem preparados para dar respostas certas ao nosso dia-a-dia. Mas, a descoberta de que sempre temos um “tempo do antes” e de fazer com que ele exista na prática é a chave que temos para suavizar nossos problemas e nos precaver. A vida é feita de detalhes e são eles que nos darão a grande escolha no decorrer de nossas vidas.
Maria nos diz: “Quando estiverem muito bravos, dêem os 10 minutos de paz para vocês mesmos. Parem, subam a Montanha da sua Vida, vejam tudo devagarzinho, reflitam e verão que a Maria, a senhora Lorenza e o Pai João estarão do seu lado”.
“Atentai para o que vos digo, atentai para o tempo do antes, dai ao vosso livre-arbítrio 10 minutos de paz antes de decidir”.

Tempo de estudo

“Lorenza vos diz: o encontro que está acontecendo entre o passado e o presente será importante para se entender o futuro distante e, ao mesmo tempo, tão próximo. Cada tempo, cada época possui seus próprios valores. Vosso mundo não terminará. Ele ainda avançará pelos tempos vindouros, por muitos e muitos tempos, porque tereis que aprender muitas e muitas coisas. Tereis que saber, tereis que aprender o que é ser humilde, o que é ter compreensão, o que é perdoar, o que é amar e como amar. Quando a mágoa, a raiva e a dor vos envolver, saibais subir a vossa montanha para que possais de lá de cima, olhando para baixo, ver que vossas pedras se transformaram em pedregulhos, pedrinhas agora tão pequenas. Vereis que é inútil desperdiçar tanta força em coisas tão diminutas que perderam seu significado.
Sois grandes e sereis ainda maiores. Mas, escutai, não deixeis que mágoas de outros vos assolem o coração, perturbem o vosso cérebro, porque nada mais podereis fazer pelo que já se foi, pelo ontem que passou.
Atentai para as minhas palavras que vieram para ficar, pois conhecereis e entrareis no passado. Protegei-vos, filhos, antes de entrar nessa teia de passados. Pensai bem antes de mergulhar fundo nisso. Lembrai que a mágoa e o desencanto podem vos levar a outro caminho e esses sentimentos tirarão de vós o amor pelo que tereis que fazer.
Escutai filhos, a leitura dos pergaminhos antigos e as falas atuais, trocai experiências com os mais velhos.
Lorenza vos fala, Lorenza vos respeita profundamente pelo amor que me dais, pelo vosso empenho em pesquisar o que Eu vos desejo ensinar. Tereis de aprender de Mim. Tereis de aprender de vós próprios, de vossas experiências, de vossos estudos, pelas vossas dores e pelas vossas aflições, porque tudo isso são caminhos que vos levarão a evoluir.
Vosso tempo está se acabando. Cada dia vivido é um dia a menos para viver. Por isso a minha pressa, por isso o meu empenho em vos explicar, para que possais transmitir a tempo.
O conhecimento é tão vasto que por mais que se viva, por mais vidas que tenhais, nunca chegareis ao máximo do conhecimento. Ele estará sempre perto, sempre ali, mas estará sempre longe de vós. Por isso, aproveitai o mais que puderdes, neste Rasgo do Tempo, o conhecimento que Eu vos dou.
Transmito-vos sob a forma de gotas de sabedoria para que absorvam devagar o Ontem e o Amanhã e para que possais compreender, no hoje, o que foi dado a vós saber. E, depois de tanto buscar sabereis, filhos, que o Amor, a Paz e o Equilíbrio sou Eu.
Eu vos abençôo não só o espirito, mas o vosso corpo que está abatido por tantas lutas. Eu vos abençôo para que vossa visão possa alcançar mais longe, para que os vossos ouvidos captem mensagens e para que a vossa boca possa falar palavras certas, palavras que caiam como flores e não firam como punhais.
Filhos meus, não fiqueis assustados. É o Novo Tempo que chegou. Não tenhais medo. Aprendei a lidar com ele. Não temais. Eu estarei convosco. Eu sou vós e vós sereis Eu. Andareis pelos meus passos, como Eu andarei pelos vossos. Deixai que o futuro venha, deixai que ele vos envolva para que seja feito o que tem que ser feito e o seja dito o que tem que ser dito.
Que vós possais entender que é chegado o NOSSO TEMPO, o tempo de dar, de dar aos que precisam o amor de que tanto necessitam.”

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