Livre-arbítrio e equilíbrio das emoções

Gostaria de colocar algumas dicas sobre a relação entre o processo de escolha e o equilíbrio das emoções.
Segundo algumas interpretações, o arcano 6, os Enamorados, fala do processo de escolha. Robert Happe aponta para o fato que, em alguns baralhos, o homem (mente) olha para a mulher (emoções e sentimentos) e esta para o anjo (alma), indicando um dos caminhos para a tomada de decisões.

Em minha experiência, quando estamos equilibrados, a primeira ideia que vem à mente é a melhor, é intuitiva. Por outro lado, quando estamos com emoções negativas, ocorre justamente o contrário, pois expressa nossos aspectos inferiores.
A nossa tarefa básica, então, é a de conseguirmos equilibrar nossas emoções antes de escolhermos. A seguir sugiro alguns caminhos, que me têm ajudado.

amantes

(a) O primeiro e mais fácil é procurarmos ampliar nossos horizontes. Quando estamos muito preocupados, com raiva, mágoa, ou outras emoções negativas, temos dificuldade em pensarmos em outra coisa. Se começarmos a prestar atenção em outras coisas, como em uma música, na brisa, em uma planta, na natureza, tenderemos a nos acalmar. Pensemos: não vou decidir nem fazer nada enquanto estiver neste estado. Se estiver caminhando, levantarei minha cabeça em direção ao horizonte e procurarei respirar fundo, observando meu ambiente.

b) Em outra situação, se estiver em uma discussão e percebo que não conseguirei deixar de exprimir minhas emoções, o ideal será que evite julgar e acusar, expressando meus sentimentos sem procurar culpar o outro, e, desta maneira, responsabilizando-me pelo que me acontece, mesmo que o gatilho tenha sido o outro. Assim, passo a ter uma maior possibilidade de me equilibrar, abrindo uma porta para uma comunicação mais produtiva. Uso, neste caso, a primeira pessoa como forma de expressão e evito o “você isto”  ou  “você aquilo”.  Até o aconselhamento
deve ser usado com cautela, apenas quando estivermos equilibrados e o outro receptivo.

c) Existe um caminho oriental de disciplina mental, o caminho da concentração. Consiste em exercer uma atividade totalmente focado e concentrado, como se não existisse mais nada no mundo neste momento. Depois de um tempo, atingimos a serenidade.
d) Outro caminho de disciplina mental quando estiver muito agitado ou com muita dor, é o caminho da observação desapegada, onde não vou tentar resolver, entender ou controlar absolutamente nada, apenas observar minhas emoções e respirar nelas sem procurar modificá-las. É um caminho difícil, porém eficaz. Normalmente, depois de alguns vários minutos de grande dificuldade vem uma sensação de paz e alívio.

e) Muitas vezes, o sofrimento, a dor e as emoções negativas, de maneira geral, são a ponta de um iceberg de crenças que precisam ser liberadas ou transformadas. Aceitem isto como hipótese de trabalho e verifiquem por vocês mesmos. O trabalho sobre nossas crenças é particularmente eficaz quando necessitamos perdoar alguém.

f) orar e pedir ajuda a nossos guias pode ser muito importante.
Com as emoções equilibradas e, só então, poderemos ter acesso direto à intuição.

outubro.12

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