Animismo e mediunidade na apometria.

ANIMISMO E MEDIUNIDADE NA APOMETRIA Carlos I. N. Barradas 1)

INTRODUÇÃO O presente trabalho trata da conceituação de Animismo e de Apometria, de suas abrangências, sob o ponto de vista psíquico-espiritual, e das relações entre ambos. CONCEITUAÇÕES Animismo: Não há concordância entre os lexicólogos sobre a conceituação de animismo. Na maioria dos dicionários consultados, animismo é uma forma de religião primitiva que atribui uma alma a todos os fenômenos naturais e que procura torná-los propícios por meio de práticas mágicas (Koogan/Houaiss, 1995; Koogan/Larousse, 1982) e, numa concepção mais generalista, atribuem aos seres do universo e as coisas uma alma análoga à alma humana (Larousse Cultural, 1999). O animismo foi muito divulgado no fim do século XIX, por oposição ao positivismo e ao cientificismo. O termo ainda é empregado hoje, mas abrange crenças e práticas heterogêneas (Larousse Cultural, 1999). No Aurélio (1986), animismo (anímico do latim anima, ae=alma) refere-se a doutrina segundo a qual uma só e mesma alma é o princípio da vida e do pensamento; monidinamismo; anímico: pertence ou relativo à alma; psíquico.Segundo o Caldas Aulete (1958), animismo significa um sistema fisiológico que considera a alma como causa de todos os fatos intelectuais e vitais. Etimologicamente provém da forma latina animatismo. Este mesmo dicionário cita anímico como adjetivo, relativo a tudo que pertence à alma, derivado do latim anima+iço. Para Aksov (1978), o animismo inclui todos os fenômenos intelectuais e físicos que supõem uma atividade extra corpórea e, mais especificamente, todos os fenômenos psíquicos que podem ser explicados por uma ação que o homem exerce além dos limites do corpo físico. Segundo este autor, o termo animismo teria sido primeiramente empregado por Stahl que, em seu sistema médico, considerava a alma (anima), como o princípio vital e o corpo como criação desta e todas as funções vitais por ela executadas.Palhano Jr. (1998), explica o termo animismo como um neologismo, criado para significar que a alma do médium pode comunicar-se como a de qualquer outro, pois, quando dotada de um certo grau de liberdade, recobra suas qualidades de espírito. Para este autor, na prática espírita, trata-se de um estado de transe no qual quem opera, produzindo fenômenos psíquicos e mesmo de efeitos físicos, e o espírito do próprio encarnado e não um espírito desencarnado, o que, neste caso, implicaria em mediunismo e não animismo. Assim, desde que haja dissociação psíquica e o espírito de uma pessoa emancipa-se, ainda que parcialmente, ele pode produzir os mesmos fenômenos produzidos pelos espíritos que se comunicam através de médiuns. Continua Palhano Jr., postulando que nos fenômenos anímicos é o espírito encarnado, no estado de transe, a causa da fenomenologia observada; nos mediúnicos há um intercâmbio espiritual e os espíritos produzem os fenômenos por meio de médiuns, utilizando-se, de suas energias psíquicas e possibilidades de transe.O mesmo autor cita que Kardec (1804-1869), se ateve aos fenômenos psicosensoriais no relativo aos fenômenos anímicos, e não os considerou mediúnicos, mas sim, como produto da ação da alma emancipada. Segundo este autor, Aksakov complementou esses estudos quando observou fenômenos físicos de origem anímica e conceituou animismo como: “Fenomenos psíquicos inconscientes (podem ser conscientes) se produzidos fora dos limites da esfera corpórea do médium ou extra mediúnicos (transmissão de pensamento, telepatia, telecinesia, movimentação de objetos sem contato, materialização). Temos aqui a manifestação culminante do desdobramento psíquico; os elementos da personalidade transpõem os limites do corpo manifestando-se à distância por efeitos não somente psíquicos (sensoriais e mentais), porém ainda físicos e mesmo plásticos, e indo até a plena exteriorização ou objetivação, provocando, por esse meio, que um elemento psíquico pode ser, não somente um simples fenômeno de consciência, mas ainda um centro de força substancial pensante e organizadora, podendo, por conseguinte, organizar temporariamente um simulacro de órgão visível ou invisível, e produzindo efeitos físicos” (Aksakov, 1980, pg. 24). Neste caso estão incluídas a bilocação ou presença visível e até tangível de um mesmo ser em dois locais distintos. É clássico o chamado milagre de Santo Antônio que estando distante compareceu, em corpo astral visível a todos e defendeu seu pai num tribunal em que este era acusado de um crime que não cometera. Apometria: O termo Apometria foi criado por Lacerda de Azevedo (02.06.1919- 29.11.1997), no final da década de sessenta, mas ainda não consta de nenhum dicionário. É composto das palavras gregas “apo” que significa além e ‘metron”, medida. Segundo o Dr. Lacerda, Apometria designa o desdobramento espiritual ou bilocação, fenômeno estudado por diversos autores clássicos dentre os quais se destaca Bozzano. Numa concepção mais ampla, a Apometria pode ser considerada como uma técnica de desdobramento espiritual induzido por energia mental emitida na forma de pulsos, direcionados pela vontade, como fluxo energético. DISCUSSÃO Os conceitos acima explicitados tanto nos dicionários, quanto pelos demais autores consultados, relacionam animismo como substantivo comum significando religião, crença, ou substantivo derivado, referente ou proveniente da alma.Para alguns autores a alma seria a causa primeira, origem do psíquico e físico e mesmo da inteligência. Para estes, a alma e espírito são sinônimos.Segundo a maioria destes autores, a alma (ou espírito) desdobrada, isto é, temporariamente liberta da matéria, seja por transe espontâneo ou induzido, teria condições análogas a dos espíritos desencarnados, podendo produzir toda uma série de fenômenos atribuídos a estes, seja por processo mediúnico, seja por ação direta sobre o meio físico, nos chamados fenômenos de efeitos físicos. Ao nosso ver as duas concepções procedem, necessitando para melhor compreendê-las, um entendimento prévio do que é alma e do que é espírito.Conforme Lacerda de Azevedo (2000), os estudos filosóficos e observações sobre a natureza do Homem, desde épocas remotas, levaram a concepção de que o espírito como essência cósmica divina, para atuar ou se fixar no físico-biológico, por serem de freqüências vibratórias diferentes, implica na necessidade da existência de um órgão ou corpo muito especial, com plasticidade adequada a ajustar as freqüências vibratórias de ambos. Esse corpo (ou corpos) sutil foi detectado por sensitivos da antigüidade, constituindo matéria curricular de inúmeras escolas iniciáticas. Informa ainda este autor, que as denominações e detalhes deste corpo variam segundo épocas, povos e escolas iniciáticas. Para os vedas, na velha Índia, era o “ManaMaya-Kosha”; e os egípcios chamavam-no “Kha”; os persas, no Zend-AVesta, “Boadhas”; os gregos “Eidolon”, para Aristóteles (384-322 a. C) era o “Corpo Sutil”; na Escola Neoplatônica de Alexandria (séc. III-IV d. C) era conhecido como “Astroide”, isto é, semelhante aos astros, devido a cor; era o “Corpo Fluídico” de Leibnitz (1646-1716); o “Perispírito de Allan Kardec (1804-1869) ou a “Alma de Paulo de Tarso (10-67 d. C).Para o apóstolo Paulo, o Homem é um complexo constituído por três partes distintas – corpo, alma e espírito – tendo a alma a função de mediador plástico.Conclui Lacerda de Azevedo (2000) informando que na Patrologia Latina1 , pensadores do Cristianismo primitivo, sobretudo os da Escola de Alexandria, aceitavam a tese do “Corpo Sutil”, intermediário entre o espírito e o corpo físico.Já, religiões como o Judaísmo, Islamismo e as que integram o Cristianismo atual, todas consideram o homem como um binário, constituído de corpo físico e alma ou espírito.Nesta concepção a alma e espírito são sinônimos que Lacerda de Azevedo (2000) considera como inaceitável. Em nota de rodapé em “Espírito/Matéria; Novos Horizontes para a Medicina”, 2000 Caxias do Sul, UCS, pg. 28, este autor esclarece que “Paulo de Tarso” distinguia a alma do espírito, o que seus pôsteres do Cristianismo não o fazem.Sabemos que para os espíritas a alma é o espírito encarnado e o perispírito é o mediador plástico entre o espírito e o corpo físico. Para Lacerda de Azevedo (2000), a abrangência do conceito espírita torna-o difuso e excessivamente genérico por não atentar a fisiologia desse perispírito nem as peculiaridades da união entre ele e o corpo físico.Umas poucas doutrinas ocidentais, dentre elas o Esoterismo e a Teosofia, bem como a maioria das religiões orientais, considera o Homem como um agregado, constituído por sete componentes interpenetrados, ocupando a mesma posição espacial, mas vibrando em freqüências diferentes, e dotados de propriedades, funções e manifestações distintas.A aceitação do homem binário – constituído de corpo e alma ou espírito – parece-nos totalmente inadequada, como já colocou Lacerda de Azevedo (2000), por não resolver o problema do acoplamento entre as duas partes. Como poderiam os corpos ou estruturas, de freqüências vibratórias tão distintas, se acoplarem para a manifestação dos complexos fenômenos psicofisicobiológicos, que se desenvolvem no sentido espírito →mente → cérebro → corpo. Para Lacerda de Azevedo (2000), o homem ternário – espírito, perispírito e corpo físico – é fácil de ser compreendido, e bem aceito, porque é simples, porém não explica a maioria dos fenômenos psíquicos do mediunismo. Já o homem setenário, conquanto mais complexo, porque desdobrado do ternário, permite compreender os fenômenos psíquicos com mais nitidez. Além disso, abre várias hipóteses de trabalho e novos campos de investigação psíquica como: – a pesquisa de curas consideradas “milagrosas”; – o conhecimento de fatos ocorridos em vidas passadas e das reminiscências presentes na consciência atual; – o apagamento de lembranças incômodas de fatos desarmônicos de vidas anteriores. A Apometria, técnica de trabalho anímico-mediúnica, descoberta por Luiz Rodrigues (1963) que a chamava de Hipnometria, e desenvolvida, fundamentada cientificamente e instrumentalizada operacionalmente por Lacerda de Azevedo (2000), vale-se do conceito do Homem setenário na sua prática operacional. Vale lembrar que André Luís, em sua extraordinária obra psicografada por Francisco Cândido Xavier, descreve o Homem setenário de modo nítido. A tese do Homem setenário, formado por: Espírito-Buddhi – Mental Superior – Mental Inferior – Astral – Duplo Etérico – Físico, todos ocupando o mesmo espaço, contíguos, mas não contínuos e com 1 Patrologia – conhecimento da vida e das obras dos padres antigos; coleção de seus estudos. especificidades próprias, por serem de freqüência diferentes, facilita a compreensão de fenômenos anímicos de ordem diversa. Assim, quanto mais sutil for o componente do agregado espiritual, mais fácil é a sua emancipação e projeção. É questão de física: menor densidade, menor massa, maior facilidade de deslocamento, por exigir menos energia. Desta forma, é possível que os componentes mais sutis do agregado, a partir do astral, possam se desdobrar e se manifestar nos níveis superiores da criação, sem que a consciência física perceba. A prática apométrica supera esta tese. A própria etimologia do termo Apometria, de “apo” (=além) e de “metron” (= medida), ambos do grego, indica deslocamento para além da medida. Sua conceituação como técnica de desdobramento espiritual ou bilocação determinado por impulsos energéticos da mente (quanta), dirigido pela vontade com o fim de atuar em outras dimensões da criação, indica a aceitação desta tese. Há dúvidas entre os apômetras: se a Apometria é uma técnica anímica ou mediúnica. Tanto o Dr. Luís Rodrigues, seu descobridor, como o Dr. Lacerda, que a desenvolveu e fundamentou, afirmaram tratar-se de uma técnica anímica. Desposamos a tese de que quando se vale de procedimentos que exigem a liberação e direcionamento de energias anímicas ou ZOO (Z), como as denominou o Dr. Lacerda, conforme a equação básica ou fundamental da Apometria: ∑ = Z . K , trata-se de animismo. Assim, todas as práticas ou técnicas de trabalho apométrico que impliquem em desdobramento e viagens astrais para atendimentos ou tratamentos em hospitais, santuários, cachoeiras, mar, rios, etc., do mundo astral ou físico; técnicas de despolarização de memória, cortes de liames ou amarras, destruição de aparelhos parasitas, de bases e trabalhos de magia negra; de transmutação, mentalização e direcionamento de energias (estelares e outras), limpeza, alinhamento e energização dos corpos (do físico ao buddhi); bem como a pneumiatria; constituição e aplicação de organizadores biológicos (chips); uso de água crística, vento solar, energias do mar e da natureza (plasmas biológicos), em geral, trata-se de animismo. Naquelas outras, como cirurgias no Astral e Duplo Etérico, encaminhamento dos espíritos enfermos e sofredores, localização, atração de espíritos maldosos para cuja doutrinação e encaminhamento necessita-se de incorporação, consulta a registros akásicos ou projeções no futuro; técnicas que exijam a incorporação do inconsciente (astral e/ou mental) de consulentes ou de obsessores vivos, objetivando a localização, tratamento de traumas ou erros desta vida, ou de vidas passadas, bem como a dialimetria e arquecriptognosia, podem ser consideradas como práticas ou técnicas anímicomediúnicas. Aceitar a Apometria como uma prática anímica ou anímico-mediúnica, não implica em aceitar, ou mesmo supor, que o êxito do tratamento ou eficácia das técnicas por ela disponibilizadas, dependem, unicamente do operador e da equipe de trabalho. A experiência nos mostra que o plano espiritual participa ativa e talvez primordialmente dos trabalhos apométricos. Desconhecemos até onde vai a contribuição das partes envolvidas. Operadores, médiuns consulentes, e mentores, certamente, todos contribuem para o resultado final. Alguns talvez, algo pretensiosos ou, o que é pior, vaidosos julgam-se os agentes exclusivos da ação benéfica. Destes ingênuos, ignorantes, vaidosos ou pretensiosos, temos ouvido expressões como: “Vem que eu te curo com a Apometria”. Que horror, que falácia”! Que ignorância ou que “Santa ingenuidade”! Onde fica a lei da responsabilidade e do merecimento de cada um? Quem somos nós para derrogar os segredos das leis cósmicas? A estes deixamos nossa convicção, aurida ao longo de mais de30 anos de prática da Apometria. Somente com fé (fidelidade à verdade) e amor, seremos úteis. Não gastemos nosso tempo e energias se formos incapazes de amar. A propósito da necessidade de agregar amor ao processo apométrico cabe atentarmos para o prescrito pela “Regra de Ouro” da Apometria à pág. 96 do “Espírito/Matéria: Novos Horizontes para a Medicina, UCS, 2000”. “Aqui, no entanto, devemos clarinar um vigoroso alerta para os entusiasmos que possamos estar provocando. Como fundamento de todo esse trabalho – como, de resto, de todo trabalho espiritual – deve estar o Amor. Ele é o alicerce. Sempre”. As técnicas que apontamos são eficientes, não temos dúvidas. O controle dessas energias sutis é fascinante, reconhecemos, pois desse fascínio também sofremos nós. Mas se tudo não estiver impregnado de caridade, de nada valerá. Mais: ao lado da caridade, e como conseqüência natural dela, deverá se fazer presente a humildade, a disposição de servir no anonimato. Se faltar amor e disposição de servir pelo prazer de servir, corremos perigo de incorrer na má aplicação das técnicas e do próprio caudal de energia cósmica, tornando-os satânicos por discordância com a Harmonia Universal. Advertimos: através da obediência dos preceitos evangélicos, somente através dela, experimentadores e operadores podem desfrutar de condições seguras para devassar estes arcanos secretos da natureza, com adequada utilização dessas “forças desconhecidas”. Vale também considerar o contido no texto do Dr. Volnei Borges, PhD em Física, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, à pág. 36-37 da apostila “Curso Preparatório: 4º Curso Básico de Apometria”, 2001. Porto Alegre, Sociedade Espiritualista João Pedro, abaixo transcrito referente à matéria mental”: “A criatura humana normal, com seus pensamentos comuns, vibra os átomos mentais inteiros (núcleo + órbitas eletrônicas), produzindo ondas muito longas, ou seja, de pequena energia, que correspondem a manutenção de calor. Em estados menos comuns da mente (estados de oração e reflexão) o homem vibra os elétrons nas órbitas eletrônicas, e não o átomo como um todo, emitindo ondas de comprimento médio (média energia) que correspondem à produção de luz interior. Em situações extraordinárias da mente (emoções profundas, dores indizíveis, súplicas afetivas) o pensamento produzirá a vibração do núcleo do átomo, emitindo ondas muito curtas de grande energia que correspondem a ondas de imenso poder transformador do campo espiritual. Teoricamente essas últimas ondas se aproximam dos raios gama da esfera física”. Complementando o Dr. Volnei Borges, diríamos que tais ondas são emitidas em abundância nos estados de amor espiritual intenso, têm coloração amarelo-ouro, e possuem grande poder curador. Podemos também obter estas energias invocando com fé e convicção as energias do Cristo-Jesus. Outros operadores apométricos, talvez excessivamente despretensiosos, anulados ou mesmo humildes e virtuosos, julgam-se menos disponibilizadores de energias Zoo, a ser transmutada e utilizada pelos mentores espirituais conforme a necessidade de cada caso. Como em todos os assuntos, a verdade deve estar no meio. Nossa posição atual é a de que somos coadjuvantes ativos nos procedimentos apométricos, numa parceria com o mundo espiritual. Parecenos que é justamente isso o que valoriza e qualifica a Apometria, atribuindo tarefas e responsabilidades, num processo interativo e cooperativo entre os homens e espíritos. Esta convicção não deve causar estranheza; tampouco deve despertar vaidade ou estimular a manifestação de nossas energias espúrias, o que é sempre prejudicial em qualquer trabalho espiritual. Afinal, somos divinos ou satânicos, conforme nossos sentimentos, pensamentos e desejos. Alguém já disse: “Cada pensamento amorável é uma prece e cada pensamento negativo, um feitiço”. Jesus nos alertou: “Orai e Vigiai” e Francisco de Assis na sua doce, alegre e humilde sabedoria nos ensinou ser preciso pensar, sentir, falar e agir retamente para vivermos a plenitude do amor. Mais recentemente, André Luis, pela insuspeitável psicografia de Francisco Cândido Xavier, nos alerta que não é bom liberarmos energias sem termos seu controle, pois seremos sempre responsáveis pelos seus efeitos. Apometria é uma prática psíquica que se utiliza de procedimentos ou técnicas diversas, fundamentadas na “manipulação” de energias anímicas e cósmicas pela ação da mente e vontade do operador e que, quando necessário, vale-se ou faz uso de práticas mediúnicas. Como tal constitui-se em poderoso instrumento de trabalho capaz de dinamizar e potencializar os trabalhos mediúnicos orientados para o bem e conduzidos com amor. O fato de ser uma técnica ou um conjunto de técnicas anímicas, não deve ser causa de estranheza ou inaceitação. Implica sim, em praticá-la com amor e responsabilidade, sob pena de, se mal exercida, nos tornarmos satânicos por discordância com a harmonia Universal, conforme nos adverte Lacerda de Azevedo (2000) na já mencionada Regra de Ouro da Apometria. O “Orai e Vigiai” deve se fazer presente. Sempre. O amor deve ser a pedra básica de qualquer grupo apométrico. Cuidemos atentamente para que nossas imperfeições (orgulho, vaidade, prepotência, etc) a que o Dr. Lacerda chamou de forças barônticas (de “tarôs”, peso em grego), sejam o mais possível alijadas da prática apométrica. Tais forças reduzem, desqualificam, e podem mesmo anular o trabalho apométrico por transformar a equação básica da Apometria ∑ = Z . K em ∑ = Z .  donde o fluxo vetorial ∑ será dividido pelas energias barônticas , isto é, ∑ / . Segundo Lacerda de Azevedo (2002) a página 90 e seguintes de “Energia e Espírito: Teoria e Prática da Apometria, Caxias do Sul, UCS, o vetor , vetor espúrio, fruto dos pensamentos negativos de origem humana, não só prejudica os trabalhos apométricos e espirituais em geral, como pode ser usado, sob certas condições, pelas trevas e revertido contra nós, prejudicando os médiuns, mascarando os videntes e demais sensitivos, bem como a interpretação dos fenômenos. Assim, se  cresce, ∑ decresce proporcionalmente. Disso decorre que a Apometria só é eficaz e benéfica, quando aplicada com amor e por amor. Conseqüentemente o que deve nos preocupar na Apometria, e em qualquer trabalho espiritual, é a falta de ética e carência de amor. Amemo-nos.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 1 AKSAKOV, A. 1978. Animismo e Espiritismo. Rio de Janeiro. FEB. Vol. 2.404pp. 2. BORGES, V. 2001. Curso Preparatório: 4º Curso Básico. 2001. Porto Alegre, Sociedade Espiritualista João Pedro, 94 pp.3 CALDAS AULETE, 1958. Dicionário Contemporâneo de Língua Portuguesa. Rio de Janeiro, DELTA.4 KOOGAN-HOUAISS. 1985. Enciclopédia e Dicionário Ilustrado. Rio de Janeiro, DELTA, 5 KOOGAN-LAROUSSE. 1982. Dicionário Enciclopédico. Rio de Janeiro, Larousse do Brasil. 6 LAROUSSE-BORDAS. 1999. Grande Enciclopédia Larousse Cultural. Nova Cultural. 7 LACERDA DE AZEVEDO, 2000. Espírito/Matéria: Novos Horizontes para a Medicina. Caxias do Sul, UCS, 6ª ED. 295PP.8 LACERDA DE AZEVEDO. 2002. Energia e Espírito: teoria e prática da Apometria. Caxias do Sul, UCS, 3ª ED. 126 PP.9 PALHANO JR., L. 1998. Transe e Mediunidade. Niterói, Lachâtre, 126pp. 10 RODRIGUES, L. J. 1963. Hipnometria: Tese In: Congresso Pan-Americano de Espiritismo, 6, outubro, 1963. Buenos Aires, Anais. 15pp.

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